quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Orar, não até que Deus nos ouça, mas até ouvirmos a Deus.

Eu sempre me perguntava até quando devíamos orar, pois ouvia uma versão que orava uma vez só, e pela fé, sabia que Deus já havia ouvido, e atenderia. Se por acaso fosse orar novamente pela mesma causa, isso desfaria a obra de Deus, ou seja, por eu não ter tido fé que Ele já havia ouvido, zerava a oração anterior, e começava a contar da oração atual, e assim sucessivamente.
Porém também ouvia falar que deveríamos persistir na oração, mas não sabia também até quando.
Então ouvindo o Missionário R.R. Soares falando a respeito, foi tudo clareando na minha mente.
Entendo assim, que devemos orar e persistir na oração como na parábola do juiz iníquo, em Lucas 18.1-8, um homem que não temia a Deus, nem respeitava homem algum, onde uma viúva vivia o importunando para julgar uma causa que tinha contra um adversário, mas nem sequer conseguia ser atendida pelo juiz. Chegou o dia em que o juiz não agüentou mais tantas molestações e resolveu julgar a causa da viúva.
Bem, se o juiz iníquo relutou tanto em aplicar a justiça, mas por persistência e perseverança da viúva, acabou atendendo-a, quanto mais Deus, que é o nosso Juiz Justo, nosso Pai, do qual fazemos parte do corpo, não nos atenderá quando orarmos e quando a Ele clamarmos, mesmo que aos nossos olhos, pela ansiedade natural do ser humano, Ele demore em atender-nos, mas com certeza ao tempo certo fará justiça.
Ainda que não seja tão convincente esta passagem que citei, vejam a parábola do amigo importuno, em Lc 11.5-13, aonde um amigo vai à nossa casa, meia-noite, pedir-nos que empresta 3 pães, pois tem visita em casa e o pegou desprevenido, nada tendo a oferecer.Então o amigo, já deitado com seus filhos, tarde da noite, se nega a levantar só por este motivo, porém importuna, insiste, persiste tanto no seu intento, que acaba cedendo. Então vem aquela linda passagem onde Jesus diz: "E vos digo a vós: Pedi, e dar-se vos á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. E qual o pai de dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?"
Embora possa demorar a o socorro, isso não quer dizer que não está acontecendo uma batalha espiritual nas esferas celestiais em nosso favor, para sermos atendidos em nossas orações, como podem ver a seguir.
Daniel, por três semanas inteiras esteve muito atribulado, cansado, sem apetite, com sintomas parecidos com depressão, após ter recebido uma palavra de revelação sobre uma guerra prolongada. Como sabemos Daniel mesmo sabendo que desobedecendo ao decreto real (foi proibido a qualquer pessoa, pelo período de 30 dias, fazer quaisquer petições a outro, que não fosse ao rei Dario) seria lançado na cova dos leões não deixou de orar três vezes por dia ao nosso Deus; Único, Suficiente, Inigualável e Verdadeiro.
Então, após estas três semanas, apareceu-lhe um anjo e lhe disse: “...Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.”(Dn 10.12-13)
Agora imaginem se Daniel desistisse de suas orações, porque estava demorando pra vir a resposta! E não para por aí não, porque na seqüência o anjo diz que voltará a lutar contra o príncipe dos persas, e saindo ele, virá então outro anjo ainda lutar contra os demônios que tentam obstruir a ação de Deus.
Amados, os nossos choros não movem o poder de Deus a nosso favor, mas sim nossas orações!!!
Concluo lhes dizendo que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”(Rm 8.28)
Itamarati

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