sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

“Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor.” (Jo 15.20a)

Alguém usa uma faca e corta a corda que lhe aprisiona. Você está livre. De quem é o mérito pela sua libertação, da faca ou de quem portava esta faca?
Se em outra ocasião, em vez de você estar amarrado em uma corda, estiver amarrado com grossas correntes de ferro, a faca servirá para lhe libertar?
Um médico receita uma pomada que é usada para curar uma ferida, ou uma queimadura.
Você fica curado. De quem é o mérito pela cura, da pomada ou do médico que sabia qual a pomada deveria ser usada pra este caso, e a receitou?
Se em outra ocasião, em vez de estar com feridas ou queimaduras, estiver com uma forte dor estomacal causada talvez por uma úlcera, a pomada servirá para lhe curar a dor do estômago?
Amados, muitas pessoas ficam gratas quando um servo do Senhor ora, e ela é liberta ou curada. Quando este servo dá uma palavra de conhecimento, de exortação, de aconselhamento e a pessoa absorve, segue o ensinamento, o conselho, e é abençoada por esta palavra.
Isso é certo, sem dúvida. Pois se não for grata, seria então ingrata? Lógico que não.
Mas existe aí certo perigo que muito tem acontecido. A pessoa agraciada dá o mérito da bênção ao instrumento que Deus usa, e não a Deus, O instrumentista, tirando a glória de Deus que diz em Isaías 42.8 que a sua glória não dará a outrem.
Pior, amados, são os servos, os instrumentos do Senhor (João 15.20ª) que por vezes se apoderam da glória de Deus, exaltando-se a si mesmos, insinuando que os milagres acontecem porque eles são mais dedicados que outros ou que são mais cheios da unção que outros, que tem mais tempo de evangelho que outros. Usam de sua própria sabedoria e conhecimento da Palavra, de cursos, de faculdades para serem admirados. “Quem fala por si mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há injustiça.” (Jo 7.18).
Todos queremos as bênçãos do Senhor, mas acima disso, devemos querer o Abençoador! Se não, vamos ter a faca, e a pomada, mas não teremos a pessoa para com a faca nos libertar, nem o médico que poderá receitar outros remédios para outros males.
Certa vez meu filho, Pastor Leandro, me falou de um pastor que por onde passava muitas curas de câncer aconteciam. Não quero mentir, mas parece-me que é um pastor do Mato Grosso, creio que Paulo Roberto é o nome dele. Então, onde anunciavam que ele iria pregar, a multidão comparecia em massa.
Um dia, em uma certa cidade, foi o pastor para pregar. Logicamente, a igreja lotou, e muitas pessoas com câncer compareceram lá, sabendo da fama e unção do pastor. Entretanto, naquele dia, Deus falou ao coração do pastor que ele não deveria pregar, pois estava sendo idolatrado, roubando a glória do Senhor, como fosse ele o responsável pelas curas e não o Senhor. Então, na hora que começou o culto, ele anunciou que não iria pregar naquela noite, mas seria o pastor assistente que pregaria. Então ele sentou-se em uma cadeira, e ali permaneceu calado durante todo o culto.
E os milagres, vocês perguntariam!
Bem, não deixaram de acontecer. Muitas pessoas foram libertas do câncer. Vomitavam aquela podridão, e eram curadas na hora!
Eu confesso que fui num culto dele também, em Porto Alegre, quando era recém convertido, e fui pela fama dele mesmo, anunciada por meu filho. Realmente muitas curas de câncer aconteceram também neste dia.
Mas o que quis enfatizar é que a gente vai ouvindo falar dos milagres que acontecem na igreja “X” e corre pra lá. Aí ouve que acontecem na igreja “Y”, e pra lá corremos também.
A Palavra diz que os sinais seguirão aos que crerem (Mc 16.17), mas as pessoas estão seguindo por onde passam os sinais. Assim como também ficamos correndo atrás de bênçãos, ao invés de esperarmos elas nos alcançarem (Dt 28.2).
Então amados, vamos mudar o nosso foco, e redirecioná-lo para o SENHOR, nosso Abençoador!!! Glorifiquemos, pois a Deus, em nome do Senhor Jesus!
Itamarati